Sempre que há tragédias nucleares em locais próximos ao mar, como foi o caso do nordeste do Japão no mês passado, muito se teme sobre o quanto a radiação pode contaminar o oceano e os seres que nele vivem. Mas um relatório da Universidade da Pensilvânia (EUA) afirma que essa contaminação é menos intensa e duradoura do que sempre se imaginou.
Eles esclarecem, logo no princÃpio, que o tempo e a água do mar são capazes de limpar áreas contaminadas em boa velocidade. Fizeram um teste após o famoso acidente nuclear de Chernobyl (Ucrânia), em 1986, em que mediram os nÃveis de césio (um elemento nocivo) no ambiente em um raio de 30 km. Oito anos depois, mediram os mesmos nÃveis novamente, e tiveram uma grata surpresa. Os nÃveis de césio nos javalis selvagens da região foram reduzidos em quase um décimo. Na água, a redução foi ainda mais acentuada: passou a apenas um vigésimo da quantidade original.
Não há o que temer, segundo o relatório, quanto aos frutos do mar japoneses provenientes destas áreas. Segundo eles, o oceano dilui a maior parte do material radioativo a quantidades Ãnfimas, tornando a contaminação nos animais um fator de pouca importância. Alguns órgãos americanos chegaram a temer que a radiação pudesse se espalhar por mar e chegar até a costa oeste dos EUA, mas os especialistas tranquilizam; não há chance de qualquer substância cruzar o Oceano Pacifico dessa maneira.
Fonte: Hypescience