Publicado na revista Nature, um estudo realizado por cientistas americanos detectou pela primeira vez vapor de água na atmosfera de um “pequeno” exoplaneta. Do tamanho de Netuno, a descoberta no HAT-P-11b é capaz de avançar as pesquisas sobre planetas similares à Terra fora do nosso Sistema Solar.
A pesquisa foi pioneira por conseguir analisar a composição atmosférica de um exoplaneta com raio apenas quatro vezes maior que o do nosso mundo. Antes os estudos só eram capazes de compreender a atmosfera de grandes planetas, como Júpiter. Isso aconteceu por que os cientistas da Universidade de Maryland utilizaram uma técnica de transmissão chamada espectrometria.
A uma distância de 122 anos-luz, o HAT-P-11b é o menor e mais frio exoplaneta em que já se descobriu sinais de água da história, até então. As imagens foram obtidas pelos telescópios Hubble e Spitzer. Fato que só aconteceu pelo baixo número de nuvens químicas, normalmente o principal problema para a análise de planetas desse porte.
Nessa pesquisa também foram descobertos a presença de hidrogênio e traços de átomos pesados. “Água é a molécula mais cosmicamente abundante em exoplanetas. Nós esperamos que isso também prevaleça para atmosferas mais altas, em planetas com essa temperatura”, afirma o autor Jonathan Fraine em entrevista ao Space.com.
Fonte: Revista Galileu